domingo, 19 de agosto de 2012

Amar é cafona



Tem coisa mais cafona do que romantismo?! Ursinho de pelúcia, buquê de flores, cartinha romântica, jantar romântico...tudo isso é cafona e nós (grande maioria) adoramos.

É cafona falar com o outro em voz de criança, chamar de bebê ou neném, inventar apelidinhos nada fofo, falar “desliga você primeiro” mil vezes, ver o pôr do sol na praia, dividir o mesmo sorvete por amor (eu acho que é mais por pobreza). Aceitar comer cachorro-quente na pracinha, pois o outro está sem grana (quando acha isso romântico é o fim!), ir para o estádio assistir o jogo do time dele, torcer para o time dele, e quando o time dele faz um gol dar aquele beijo, mais cafona ainda é quando te filmam.

Comer pizza no sábado à noite, ganhar os presentes mais bizarros (tipo: chaveiro comprado no ônibus, adesivos, canetas, brinco no camelô- o pior de tudo é quando gosta do presente), comprar presentinhos para a sogra, apresentar para a família (é essencial, mas eu morro de vergonha quando isso acontece). Mandar música para o amado, escrever nomes ou as iniciais dos nomes e desenhar corações, fazer pacto de amor (isso existe ainda?).

E quando o amor não é correspondido?! Mais cafona ainda!!!!

É curtir fossa com as músicas mais doloridas para morrer mesmo de tanto chorar e sofrer ( quem nunca chorou escutando um sertanejão bemmmm modão? um pagodinho mega meloso? uma música em inglês lenta e não saber a tradução?!). É escrever frases de amor e de amor não correspondido no face (frases de mal amada). Beber e chorar pelo não amor, se fazer de vitima, ver filmes românticos e sonhar com o príncipe.

Enfim, amar é cafona e essa pessoa que vós escreve assume que é cafona, afinal adora amar e um romantismo (tem que ser meloso).

By Heloísa Lugão

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